Precisava vencer essa barreira.
Profissionalmente, viajava pelo país afora, mas sempre, sempre, bebia uns goles antes de embarcar no avião.
Suportava mais facilmente.
Procurava dormir até o destino.
Algumas regressões à frente, vemo-nos numa situação de fuga.
Montado num cavalo e a galope intenso. Corria em disparada.
Fugia de uma emboscada, pois, por profissão, era assaltante de estrada.
Pertencia a uma quadrilha.
Foram enganados.
Na fuga, o bando dispersou-se e ele fugira em forte galope.
Seus perseguidores vinham em grande número e faziam grande estardalhaço.
Temia ser alcançado, pois, se isso acontecesse, era morte certa.
Corria. Corria desesperadamente. Questão de vida ou morte.
De repente, viu-se caindo no ar.
Não percebera, devido à escuridão, que caíra num penhasco.
Ele e seu cavalo estavam caindo chão abaixo.
Numa queda livre interminável, desciam rapidamente para a morte.
Subitamente, sentiu outra sensação.
Nova, agradável.
Estava a flutuar naquela cena toda.
Não mais caía, mas, apenas, flutuava.
Sentia-se leve, a sensação de pânico e receio que algo de mal acontecesse, desapareceu-lhe, como por encanto.
A Sabedoria Divina, ceifou sua vida, antes do acidente experimentado pelo seu corpo físico ao estatelar-se no chão pedregoso.
Transpirando demais, completamente suado e assustado, aquele homem entendera o por que do medo de altura desses anos todos.
Agora entendia a razão daqueles momentos terríveis vivenciados a bordo das aeronaves que viajara.
Colaboração; Valente.
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