terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
A Maneira de Dizer as Coisas.
Certa vez um
sultão sonhou que havia perdido todos os dentes.
Logo que
despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse o seu sonho: - Que
desgraça, senhor!
Exclamou o adivinho.
- Cada dente
caído representa a perda de um parente de vossa majestade.
- Mas que insolente
- Gritou o sultão, enfurecido.
Como te
atreves a dizer-me tal coisa?
Fora daqui!
Chamou os
seus guardas e lhe ordenou que lhe dessem cem açoites.
Mandou que
trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.
Este, após
ouvir o sultão com atenção, disse-lhe: - Excelso senhor!
Grande felicidade vos
está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos
parentes.
A fisionomia
do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao
segundo adivinho.
E quando este
saia do palácio, um dos guardas lhe disse admirado: - Não é possível!
A
interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito.
Não entendo
porque o primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.
- Lembra-te
meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer...
Pare e Pense.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Aceite as Pessoas Como Elas São.
Esta história
é sobre um soldado que finalmente estava voltando para casa, depois de ter
lutado no Vietnã.
Ele ligou
para seus pais quando chegou em São Francisco: - Mãe, Pai, eu estou voltando para
casa, mas, eu tenho um favor a pedir.
Eu tenho um
amigo que gostaria de trazer comigo.
- Claro! Nós
adoraríamos conhecê-lo!!!
- Há algo que
vocês precisam saber - continuou o filho.
Ele foi
terrivelmente ferido na luta; pisou em uma mina e perdeu um braço e uma perna.
Não tem
nenhum lugar para ir e, por isso, eu quero que ele venha morar conosco.
- Eu sinto
muito em ouvir isso filho, nós talvez possamos encontrar um lugar para ele
morar.
- Não, eu
quero que ele venha morar conosco.
- Filho, você
não sabe o que está pedindo.
Alguém com
tanta dificuldade seria um grande fardo para nós.
Nós temos
nossas próprias vidas e não podemos deixar que uma coisa como esta interfira em
nosso modo de viver.
Acho que você
deveria voltar para casa e esquecer este rapaz.
Ele
encontrará uma maneira de viver por si mesmo.
Neste momento
o filho bateu o telefone.
Os pais não
ouviram mais nenhuma palavra dele.
Alguns dias
depois, eles receberam um telefonema da polícia de São Francisco.
O filho havia
morrido, depois de ter caído de um prédio.
A polícia
acreditava em suicídio.
Os pais,
angustiados, voaram para São Francisco e foram levados para o necrotério a fim
de identificar o corpo do filho.
Eles o reconheceram,
mas, para o seu horror, descobriram que o filho deles tinha apenas um braço e uma
perna.
Os pais,
nesta história são como muitos de nós.
Achamos fácil
amar aqueles que são bonitos ou divertidos, mas, não gostamos das pessoas que
nos incomodam ou nos fazem sentir desconfortáveis.
De
preferência, ficamos longe delas e de outras que não são saudáveis, bonita sou
espertas como nós.
Precisamos
aceitar as pessoas como elas são, e ajudar a todos a compreender aqueles que
são diferentes de nós.
Há um milagre
chamado AMIZADE, que mora em nosso coração.
Você não sabe
como ele acontece ou quando surge.
Mas, você
sabe que este sentimento especial aflora e percebe que a Amizade é o presente
mais precioso de Deus.
Amigos nos
fazem sorrir e nos encorajam para o sucesso, nos emprestam um ouvido, compartilham
uma palavra de incentivo e estão sempre com o coração aberto...
Pare e Pense
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
A Libélula e a Tartaruga.
A libélula
recém nascida, que pairava as suas leves asas sobre a água transparente do
ribeirão, viu imóvel sobre uma pedra, uma tartaruga que tomava banho de sol.
Espantada diante de uma criatura tão feia, pousou sobre uma folha de capim a
fim de ver melhor.
A tartaruga,
achando que a libélula a estava admirando, começou a falar: - Olá - disse ela.
A libélula
levou um susto. - Pensei que você estivesse morta, de tão parada. - Já fui como
você, minha criança, muito agitada, mas aprendi que é perigoso vier assim.
Em você tudo
é esbanjamento: asas vibrando, ir e vir nas costas do vento, voar sem cessar.
Mas tudo isso
faz mal.
Quem se mexe
muito morre logo.
A vida é como
a vela: há de se economizar para durar mais.
Minha
filosofia é simples: nunca ficar de pé, quando posso ficar deitada.
Para
simplificar, fico sempre deitada...
A libélula
espantada de que alguém pudesse viver assim, ia perguntar se a vida vale a
pena.
Mas não deu
tempo porque a tartaruga continuou a falar: - Você ainda não aprendeu a lição
do peso.
Para se voar
é preciso ser leve.
Mas tudo o
que é leve é frágil.
As crianças
gostam de empinar papagaios.
Mas para
subir no vento, eles têm de ser feitos com varetas finas de bambu e papel de
seda.
Por isso,
acabam quase sempre enroscados em algum galho de árvore.
Mas você
nunca viu uma tartaruga enroscada num galho de árvore.
Estão fora
dos enrosco porque não se metem a voar, porque são muito pesada se por isso
ficam sempre junto ao chão.
Somos
prudentes.
Voar é
perigoso, exige leveza e fragilidade.
Isso é coisa
que fascina as crianças, mas não os adultos.
Os adultos
são graves.
E grave é
aquilo que respeita a lei da gravidade e gosta de ir para baixo.
Como eu.
Os adultos quando
querem elogiar alguém dizem que ele é uma pessoa de peso.
O contrário
de peso? Leveza, bexiga solta no espaço.
Quando se diz
que alguém é leviano, isso não é um elogio, é uma ofensa.
Leviano é
quem não leva as coisas a sério, como as crianças.
Quanto mais
adultas, mais parecidas comigo.
A libélula ia
dizer que ser leve é coisa muito gostosa, porque dá sempre uma enorme vontade
de rir, mas se calou, com medo de ser acusada de leviana.
A tartaruga
não entenderia. - E há também a necessidade de defesas - continuou a tartaruga
- Veja o seu corpo, fino como um palito.
O bico de
qualquer pássaro pode cortá-lo ao meio.
E suas asas?
Lindas e fracas.
Veja agora a
minha carapaça.
Nem martelo
consegue quebrá-la.
Você é mole,
eu sou dura.
Mole são as
crianças, os palhaços, os poetas, os artistas.
Duros são os
generais, os banqueiros, os policiais, as pessoas importantes.
Quando as
crianças deixam de ser uma libélula para se tornarem uma tartaruga, os adultos
dizem que elas ficaram maduras.
Na verdade o
que querem dizem é que ficaram armaduras.
Coisa madura
é coisa mole, gostosa, boa de se comer e se descuidar apodrece e acaba.
Já a armadura
é coisa que vara os séculos.
Como eu,
impenetrável, constante, sempre a mesma.
Digna de
confiança.
Serei amanhã
o que sou hoje.
Quanto a
você, não sei onde estará.
As coisas
leves passam.
As duras
permanecem.
Ninguém diz
que Deus é vento ou nuvem.
Mas dizem que
é rocha e fortaleza.
Claro que as
armaduras criam certos problemas.
Fica difícil
para brincar, pular, abraçar...
Mas é o preço
da sobrevivência.
Pare e Pense
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
A Janela do Hospital.
Dois homens,
seriamente doentes, ocupavam o mesmo quarto em um hospital.
Um deles
ficava sentado em sua cama por uma hora todas as tardes para conseguir drenar o
líquido de seus pulmões.
Sua cama
ficava próxima da única janela existente no quarto.
O outro homem
era obrigado a ficar deitado de bruços em sua cama por todo o tempo.
Eles
conversavam muito.
Falavam sobre
suas mulheres e suas famílias, suas casas, seus empregos, seu envolvimento com
o serviço militar, onde eles costumavam ir nas férias.
E toda tarde
quando o homem perto da janela podia sentar-se ele passava todo o tempo
descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que ele podia ver através da
janela.
O homem na
outra cama começou a esperar por esse período onde seu mundo era ampliado e
animado pelas descrições do companheiro.
Ele dizia que
da janela dava pra ver um parque com um lago bem legal.
Patos e cisnes
brincavam na água enquanto as crianças navegavam seus pequenos barcos.
Jovens namorados
andavam de braços dados no meio das flores e estas possuíam todas as cores do arco-íris.
Grandes e
velhas árvores cheias de elegância na paisagem, e uma fina linha podia ser vista
no céu da cidade.
Quando o
homem perto da janela fazia suas descrições, ele o fazia de modo primoroso e
delicado, com detalhes e o outro homem fechava seus olhos e imaginava acena
pitoresca.
Uma tarde
quente, o homem perto da janela descreveu que havia um desfile na rua, embora
ele não pudesse escutar a música, ele podia ver e descrever tudo.
Dias e semanas
passaram-se.
Em uma manhã
a enfermeira do dia chegou trazendo água para o banho dos dois homens mas achou
um deles morto.
O homem que
ficava perto da janela morreu pacificamente durante o seu sono a noite.
Ela estava
entristecida e chamou os atendentes do hospital para levarem o corpo embora.
Assim que
julgou conveniente, o outro homem pediu a enfermeira que mudasse sua cama para
perto da janela.
A enfermeira
ficou feliz em poder fazer esse favor para o homem e depois de verificar que
ele estava confortável, o deixou sozinho no quarto.
Vagarosamente,
pacientemente, ele se apoiou em seu cotovelo para conseguir olhar pela primeira
vez pela janela.
Finalmente,
ele poderia ver tudo por si mesmo.
Ele se
esticou ao máximo, lutando contra a dor para poder olhar através da janela e
quando conseguiu fazê-lo deparou-se com um muro todo branco.
Ele então
perguntou a enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe
coisas tão belas, todos os dias se pela janela só dava pra ver um muro branco?
A enfermeira
respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada mesmo que quisesse.
Talvez ele só
estivesse pensando em distraí-lo e alegrá-lo um pouco mais com suas histórias.
Pare e Pense
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
A Glória do Burrinho
Era uma vez
um burrinho.
Burrinho como
os demais que viviam no pasto, e que prestavam serviços, quando necessitavam
deles.
Um dia, houve
grande festa naquela terra.
Era feriado.
Feriado
nacional.
Comércio
fechado.
Escolas sem
aulas.
Tudo parado.
Nas avenidas
principais daquela cidade, devidamente ornamentadas, aconteceria propagado
desfile militar e escolar.
É que as joias,
insígnias, bandeiras, medalhas, coroas que pertenceram ao rei daquele país
seriam apresentadas ao povo, esparramado pelas calçadas.
Aí precisaram
de um burrinho, que transportasse processionalmente, aqueles tesouros, que
representavam história gloriosa daquela nação.
E o burrinho,
de que lhes falo, foi apanhado, lá no pasto.
Colocaram
régios arreios sobre seus lombos, ornamentos dourados que brilhavam ao sol.
Daquela manhã
engalanada e festiva.
Encimando
aqueles arreios, dispostas com muita arte e gosto, as preciosas joias reais.
No desfile militar,
o pacato quadrúpede ocupava lugar de destaque, comandando a parada.
Rojões espocavam,
a multidão aplaudia, a tropa se perfilava, numa alegria contagiante, que
deslumbrava e emocionava.
Acabado o
desfile, retiraram as joias que o burrinho carregava os arreios dourados, os
adereços todos, e ele foi levado de volta ao pasto, sem maiores formalidades.
Lá chegando,
o burrinho começou a conversar com os outros burricos, seus companheiros.
Disse ele,
vaidoso: - Vocês viram o que me aconteceu?
Andei pelas
avenidas da cidade, nesta manhã.
E quando eu passava,
soltaram fogos e foguetes, houve aplausos de todos os lados, uma beleza: Até
soldados perfilaram-se, em continência, enquanto bandas de música celebravam a
festança.
Vejam como eu
sou importante!
Vejam! Aí, um outro
burrico, que ouvia aquela bazófia do companheiro gabola, desafiou-o: - Se você é
tudo isso que está dizendo, tenha a coragem de retornar às avenidas, por onde
passou. Vá.
Eu quero ver
o que acontecerá!...
O burrinho
vaidoso aceitou o desafio. Foi.
Mas quando
ele passava, apesar da cadência de seu passo garboso, moleques atiraram-lhe
pedras, populares enxotaram-no aos gritos, brandindo relhos e chicotes, numa
correria bárbara.
Cansado, resfolegando,
envergonhado, assustadíssimo, o burrico retornou ao pasto, onde encontrou seus amigos,
que o receberam, com desprezo e com desdém.
- E agora, o
que dizes? Perguntaram-lhe, com zombaria.
Então o
burrinho vaidoso, cabisbaixo, filosofou: - É. É verdade.
Eu não tinha importância
alguma.
Eu sou
igualzinho aos outros burrinhos.
Só fui
aplaudido enquanto carreguei as joias do rei...
Linda lição! Para nós.
Para cada um
de nós, hoje.
Nela
reflitamos, com humildade, na presença santíssima do Rei, de quem somos servos,
tantas vezes inúteis...
Pare e Pense
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Não Julgue Pelas Aparências!.
Um menino
entrou numa loja de animais e perguntou o preço dos filhotes.
- Entre R$
300,00 e R$500,00, respondeu o dono.
O garoto
puxou, então, uns trocados do bolso e disse: - Mas, eu só tenho R$ 10,00...
Poderia ver
os filhotes?
O dono da
loja chamou Lady, a mãe dos cachorrinhos, que veio correndo, seguida por cinco
bolinhas de pêlo.
Um dos
cachorrinhos vinha mais atrás, com dificuldade, mancando.
O menino
apontou aquele bichinho e perguntou: - O que há de errado com ele?
O
proprietário do estabelecimento explicou que ele tinha um problema no quadril e
andaria daquele jeito para sempre.
A criança se
animou e disse com enorme alegria no olhar: - Esse é o cachorrinho que eu quero
comprar!
O dono da
loja estranhou...
- Não, você
não vai querer comprar esse.
Mas, se
quiser ficar com ele, eu lhe dou de presente.
O menino emudeceu...
Olhou para o dono da loja e falou: - Eu não quero que você me dê aquele
cachorrinho, pois ele vale tanto quanto qualquer um dos outros.
Vou pagar o
preço que me for pedido.
Na verdade,
eu lhe dou R$10,00 agora e R$ 1,00 por mês, até completar o valor total.
Surpreso, o
dono da loja contestou: - Mas este cachorrinho nunca vai poder correr, pular e
brincar com você como qualquer um dos outros...
Sério, o
menino levantou lentamente a perna esquerda da calça, deixando à mostra a prótese
que usava para andar.
- Veja.
Eu também não
corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso...
Pare e Pense.
domingo, 1 de fevereiro de 2015
Elementos Femininos
Pôs-se a
dizer o Mestre: "Observe a natureza e veja que o belo nela se manifesta
através de elementos femininos: Como seriam os céus sem as nuvens, a lua e as
estrelas?
Como se
mostraria o sol sem a luz?
O mar nos
encantaria sem as águas e as ondas?
Os bosques
teriam perfume sem as árvores e as flores?
O dia prometeria
repouso se não houvesse a noite?
Que força
teria o fogo se não tivesse as chamas?
Que frescor
teria o solo sem a relva?
Que alívio teríamos
no verão se não caísse a chuva?
Qual a beleza
do inverno que não apresenta a neve?
Haveria
romance no outono sem as folhas sopradas pelo vento?
A primavera e
suas flores não é a mais linda estação?
Nossos corpos
se moveriam se neles não corresse a vida?
"O
menino refletiu algum tempo e em seguida argumentou:"
Sim, são
todos elementos femininos, mas o senhor não falou sobre a mulher...
Respondeu-lhe
o Mestre: Mas vou falar-lhe sobre o coração:
Nele estão a
alma, a paixão e a alegria.
Nele está a
beleza da cantiga que acalanta o homem......
E sua melodia
é sempre uma Mulher...
Pare e Pense.
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