Uma mãe e seus dois filhos estavam na esquina à espera
do bonde.
"Meninos", disse a mãe, "observem esses dois homens
que aí vêm."
O primeiro deles tinha os cabelos brancos como a neve. Tinha
o porte ereto e o passo firme.
Olhou os rapazes com certo brilho nos olhos e
sorriu para a mãe ao passar.
O segundo homem não era tão idoso, mas ai, que
diferente!
Andava curvado e com lentidão, apoiando-se pesadamente sobre uma
bengala. De nariz inchado e olhos lacrimosos, passou arrastando-se e olhando
fixamente diante de si.
"Meninos", disse a mãe, "o senhor mais
idoso, de aspecto elegante, é o juiz Ferreira.
Ele foi menino cristão,
tornando-se homem cristão, delicado e cortês. Possui um lar feliz e é homem
útil e respeitado. O avô de vocês conhecia-o quando ainda menino.
O outro
homem, viveu para os prazeres da vida. Era menino agradável e granjeou
muitos amigos, que eram do mesmo quilate, e com eles caiu na senda do mal. O
pecado e a bebida deixaram-lhe sinais no corpo.
Ele vive sozinho e infeliz,
dependendo da caridade pública.
Lembrem-se", continuou a mãe, "quando
chegarem a ser velhos, vocês serão como um ou outro destes homens."
Pare e Pense
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