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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sabedoria


Houve certa vez um califa muito inteligente, porém não menos arrogante. 

Dizia que nunca iria se casar, pois para isso precisaria encontrar uma mulher de inteligência comparável à sua, o que segundo ele, era impossível.

Ora, essa conversa chegou aos ouvidos de uma moça que morava longe do palácio, numa choupana, com seu velho pai.

Meu pai – pediu ela – por favor vai até o palácio e dize ao califa que ele pode começar os preparativos para o casamento, pois existe um mulher muito mais sábia do que ele: eu mesma.

Mas, minha filha – assustou-se seu pai – como podes ter tamanha pretensão? 

És pobre, sem estudos, o califa te mandaria matar por esse atrevimento!

Não te preocupes, pai eu sei, o que faço.

E havia tal determinação na voz da moça, que o pai se convenceu. 

Dirigiu-se ao palácio, disse aos guardas que trazia um importante comunicado ao califa e assim foi conduzido até a sala de audiências. 

O califa o ouviu calado, mas com um sorriso de escárnio. 

Por fim, soltou uma gargalhada, dizendo: Muito bem, velho! 

Eu me caso com tua filha, se ela é assim tão sábia quanto dizes. 

Antes, porém, preciso testá-la, é claro.

E, entregando-lhe uma cesta de ovos, continuou: - Leva-lhe estes ovos. 

Com sua inteligência, ela saberá como chocá-los e tirar deles um ninhada de pintinhos, quando estes se tornarem galos e galinhas, volta aqui com ela e poderemos conversar. 

Porém… ai de ti, se ela não conseguir cumprir a tarefa. 

É tua cabeça que vai rolar!!!

O velho pai, fazendo mil mesuras, saiu com o coração batendo de medo pela ameaça, mas contente, pois afinal aquela incumbência não lhe parecia das mais difíceis. 

Grande foi sua aflição, entretanto, quando, ao chegar em casa, sua filha lhe fez ver que os ovos já estavam cozidos.

Maldição! – praguejou ele. 

Estamos perdidos!!!

Não te desesperes, pai – consolou-o a moça. 

É só seguires minhas instruções e tudo acabará bem.

E, no dia seguinte, instruído pela filha, o pai voltou ao palácio, levando um pacotinho ao califa.

O que é isso? – quis saber o califa.

Ó, poderoso senhor! – exclamou o velho. 

Isto é fubá. 

Minha filha pede-vos para plantá-lo, pois assim conseguirá milho suficiente para alimentar os galos e galinhas que terá que criar.

Estás louco?  

Como imaginas que possa nascer algo de um milho já triturado?

Da mesma forma – retorquiu o pai – que quereis que nasçam pintinhos de ovos já cozidos.

O califa engoliu em seco, porém reconheceu que a moça era mesmo esperta.

Está bem, disse ele. 

Desta vez, ela ganhou. 

Mas ainda terá muito a fazer antes de convencer-me.

Toma este dedal e leva-o para tua filha. 

Com ele, ela deverá medir toda a água que existe no mar que banha nosso reino. 

E, lembra-te: ai de ti, se ela não o conseguir!

O velho se retirou, mais apreensivo do que na véspera.

No dia seguinte, entretanto, novamente instruído pela filha, voltou ao califa, desta vez com um pequeno pedaço de cortiça:

Ó, senhor clemente – disse ele. 

Minha filha diz que não será difícil medir quantos dedais de água tem vosso mar. 

Antes, porém, pede-vos, com esta cortiça, tampeis as águas de todos os rios e riachos do reino, impedindo-as assim de escorrerem para o oceano e comprometerem toda a sua tarefa!

O califa, pego de surpresa pela resposta, não teve o que discutir. 

Pensou, pensou, e finalmente entregou ao velho um punhadinho de algodão.

Pois bem, esta será a última prova. 

Diga à tua filha que ordeno que teça, com este algodão, uma vela para meu novo navio que está sendo construído lá no porto. 

E não preciso repetir o que será de ti se ela não o conseguir!

“Por Alá!”, pensou o velho enquanto se dirigia de cabeça baixa para casa. “Desta vez, não escapo. 

O navio que estão construindo é o maior que já vi. 

Como poderá minha filha se sair desta enrascada?”

A moça, ao saber da nova tarefa, nem titubeou. 

Mandou o pai de volta ao palácio, desta vez com um minúsculo graveto nas mãos. 

Diante do califa, o velho se prostrou: - Glória a vós, senhor! 

Minha filha manda-vos dizer que não vê dificuldades em tecer a vela que encomendastes, desde que mandeis fazer-lhe um mastro apropriado com este graveto.

O califa, desorientado, quis responder, mas não conseguiu. 

Reconheceu, afinal, que a moça era insuperável. 

E mandou buscá-la para que oficializassem o compromisso de casamento.

Todavia, antes de realizar-se a cerimônia, a  moça fez o califa prometer-lhe, na frente de testemunhas, que, se algum dia ele quisesse desfazer-se dela, por qualquer motivo que fosse, ela teria o direito de levar para sua velha choupana aquilo que do palácio julgasse mais precioso. 

O califa acedeu de bom grado ao pedido da noiva, pois já começava a gostar dela, achando-a cada vez mais interessante e original.

O casamento realizou-se com muita pompa e os dois viveram bastante felizes por algum tempo. 

O califa sempre se admirava com a sabedoria dos conselhos e sugestões que sua mulher lhe dava e aos poucos foi delegando a ela o papel que antes cabia a seus ministros.

Estes, é claro, não gostaram nada de serem passados para trás; e, pior, daquela mulher tão atenta e perspicaz nada escapava: adeus época em que podiam cometer seus deslizes sem serem descobertos! 

Foi assim que resolveram tramar a ruína da sábia mulher. 

Maledicentes, foram se insinuando junto ao califa, despertando-lhe suspeitas sobre o caráter e fidelidade da esposa: “Afinal, tão esperta, como sabeis que ela não vos engana?” ou ainda, “Como podeis permitir que uma mulher vos domine?”.

Foram tantas as intrigas, que o califa, envenenado pelas desconfianças e pelo ciúmes, chamou a esposa e ordenou-lhe que deixasse o palácio.

Ela, no entanto, não se abalou. 

Já havia algum tempo que esperava por aquilo, pois conhecia o caráter dos ministros. 

Assim, não chorou nem discutiu. 

Pediu apenas ao marido que fizessem juntos um último jantar, uma pequena festa de despedida. 

A isso, o califa não se opôs. 

E naquela noite os dois desfrutaram de um lauto banquete, que a mulher não deixou faltar um delicioso vinho, com o qual embriagou o califa. 

Tanto ela o fez beber, que dali a pouco ele caiu no sofá, profundamente adormecido. 

Sem perder tempo, ela chamou seu pai e pediu-lhe que a ajudasse a carregar o marido para fora do palácio.

Na manhã seguinte, quando acordou, espantou-se o califa as ver-se na choupana miserável em que a moça morava antes de casar-se. 

Indignado, pediu-lhe que se explicasse.

Muito simples – respondeu ela. 

Tenho testemunhas que podem lembrar-te da promessa que me fizeste antes de casarmos. 

Não juraste que, se me mandasses embora, eu poderia levar comigo o que julgasse mais valioso? 

Pois o mais valioso de tudo és tu, meu amor…

O califa soltou uma risada, ao mesmo tempo divertido e emocionado. 

Abraçou sua mulher, voltou com ela ao palácio, expulsou os ministros, e assim teve início um dos mais sábios, justos e felizes reinados de todos os tempos.
Devocional.

Colaboração; Abinadabe C.

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