Eu Vos Aliviarei

Reflexão do Dia

Há um sentimento generalizado de frustração em nossos dias. Quanta gente, cansada de viver, deserta da vida, por não suportar o peso que carrega, especialmente, o da desilusão.

Não é exagero afirmar que vivemos a “era do cansaço”. Não só do cansaço, mas da angústia também. É um mundo de correria, de atropelos.

Nosso cotidiano tornou-se taquicardíaco. Está acometido de arritmia. É cada vez mais difícil encontrar um lugar e uma hora para o repouso.

O ritmo da vida adoeceu a existência. Aliás, infernizou-a completamente. As pessoas correm atrás de miragens que se multiplicam e repelem umas às outras constantemente.

É o cansaço de quem corre a esmo, de quem luta sem nunca derrotar o seu adversário; de quem trabalha sem paga; de quem chora sem consolo; de quem rema sem sair do lugar; de quem cansou de esperar.

Nosso século não sofre apenas de cansaço, mas também padece de angústia. Em alguns casos, de uma inexplicável angústia. Recordo-me, agora, da expressão angustiada do salmista Davi, quando interrogou a si mesmo: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim?” (Salmo 42.5). É a projeção da dor de quem já nem consegue mais saber o porquê de sua angústia. Esse tipo de frustração tem o poder de destruir nossa fortaleza interior.

O mal-estar em nossos dias provém menos de problemas fisiológicos do que de perturbações psicológicas. As pessoas sofrem muito mais da alma do que do corpo.

Prova disso, é o crescimento cada vez maior do consumo de tranquilizantes e a procura crescente pela autoajuda, pelo esoterismo, por remédios para o corpo cansado e a alma sofrida. “A alma adoece e o corpo padece”, confirma o ditado popular.

Jesus Cristo, o terapeuta da esperança, tem uma mensagem dirigida aos cansados e abatidos, em meio às pressões da vida: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28).

Mas como? Tomando sobre si as nossas dores, os nossos fardos conosco, dispondo sobre os ombros dele a carga que nos aflige, sentindo a nossa dor e chorando as nossas lágrimas.

Aos cansados e angustiados por causa da arritmia moderna, o melhor remédio não é fugir, mas voltar-se para Deus, a Fonte da vida.

Ele renova as nossas forças e sussurra em nossos ouvidos: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.

Esta é voz da esperança!

Colaboração; Lúcia Aparecida.