Se o amor fosse
bastante em cada coração, todos os males do mundo acabariam.
Cada um olharia o
outro como se estivesse se olhando no espelho e teria tanta compreensão e
compaixão como se estivesse agindo por si mesmo.
As asperezas da vida
tornam as pessoas duras, amargas.
E o pior é que nem sempre elas querem se
livrar dessa carga que as tornam com o andar pesado e a visão do futuro vaga e
obscura.
Há pessoas que temos
dificuldade em amar.
Difícil admitir, pois fomos feitos e criados para amar o
próximo sem querer saber o que se esconde por detrás de seu passado e o que vai
na sua alma.
Cada um tem sua história, seus espinhos e sua
cruz.
Cada um também tem sua beleza, talvez apagada por acontecimentos,
envelhecida por esperas que nunca tiveram fim e amargas pelo fel que a vida
derrama vez ou outra.
Os altos e baixos da
vida existem para todo mundo.
Mas é quase sempre, para um e para outro, os
baixos que marcam mais, os que definem a trajetória, marcam a vida inteira.
E
quando olhamos para uma pessoa assim cheia de cicatrizes, como rosas secas e
sem perfume, a rejeitamos porque não queremos ficar iguais a ela.
Portanto... uma
auto-análise poderia revelar o quanto de maneira surpreendente nos tornamos
iguais às pessoas que rejeitamos exatamente por recolhermos no nosso coração os
mesmos sentimentos de amargura, desafeto, rejeição.
Ame cada pessoa como se
para você ela estivesse acabando de nascer e seu coração não estivesse cheio de
pré-julgamentos.
Ame como se passassem uma borracha sobre seus
erros e conseguissem ver através de olhos de amor, apenas o bonito que há
dentro de você.
Ame como quem ama
aquela flor que atravessou sol e chuva e sobreviveu, apesar de tudo.
Ame como você gostaria
de ser amado.
Ame como ama Deus.
Meditação
Colaboração; Nara Núbia Coelho.
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