Certo casal,
que não tinha filhos, trabalhou afincadamente durante anos e anos a fio, até
que o marido, esgotado e enfraquecido, adoeceu.
Tudo foi
feito no sentido de salvar-lhe a vida, porém, depois de algum tempo de lutas
contra a morte, ele partiu.
Com o
resultado do esforço e do trabalho de ambos, haviam eles conseguido adquirir
uma valiosa propriedade.
Entretanto,
depois da morte do marido, a viúva mostrou o testamento ao juiz e este foi
contestado.
Por qualquer
razão ele não aceitou como sendo o referido testamento deixado pelo esposo.
Era, então,
necessário fazê-lo passar por processos legais, até que a situação ficasse
acertada.
Um renomado
advogado, que havia sido amigo íntimo do marido daquela mulher, ofereceu-se para
tratar dos seus interesses com a máxima dedicação e cuidado que a causa
requeria.
Prometeu que
se empenharia de corpo e alma para resolver a questão em tempo hábil, a fim de evitar
despesa que uma demora sempre acarreta.
Informando-se
a respeito do quanto lhe custaria a defesa da sua causa, achou, ao receber a informação
a respeito dos honorários do advogado, que poderia conseguir um meio, através do
qual pudesse tratar do caso sem precisar pagar o trabalho de um advogado, mesmo
sabendo que seus preços eram especiais.
Assim
pensando, enquanto andou de um lado para outro, apelou para esta e aquela
autoridade; procurou departamentos e instituições especializadas, o tempo foi
passando, sem que ela voltasse a procurar o advogado para lhe confiar a defesa
da sua causa.
Foi adiando
sua decisão de hoje para amanhã, dessa para a semana seguinte, até chegar o
momento quando ela percebeu que o prazo concedido por lei estava se esgotando e
ela já corria seriamente o risco de perder para o Estado sua tão querida propriedade.
Aflita e
desolada, lembrando-se do quanto ela e o marido lutaram para a aquisição
daquele imóvel, correu desesperada ao gabinete do advogado, disposta a aceitar
o seu oferecimento, mesmo que houvesse alterações nos preços.
Ao lhe falar
sobre sua decisão final, indagou se ele ainda se dispunha a defendê-la; ouviu está
triste resposta: - Sinto profundamente, minha senhora.
Desejei,
honesta e sinceramente ajudá-la naquela ocasião, porém, agora fui designado
para atuar como juiz nesta questão.
Triste
demais, mas agora é muito tarde!
Cristo está
hoje se oferecendo para nos defender, nos libertar e nos salvar da pena eterna.
Não podemos
adiar a decisão de aceitar tal oferecimento.
Poderá também
chegar o momento quando tenhamos de encará-lo como juiz e aí será tarde
demais...
Pare e Pense
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