Certa vez, ao
entrar em um táxi, vi no painel do motorista um adesivo com a seguinte
frase:"Maldito o sujeito que inventou o trabalho".
Olhei para o
motorista e vi uma expressão estressada, a barba por fazer, o colarinho sujo e
o rosto franzido.
Tentei uma
abordagem bem-humorada e ele respondeu com um grunhido.
Disse-se o
destino e ele partiu entre arrancadas e freadas, maldizendo o engarrafamento e
xingando os motoristas vagarosos.
Epa!
Vendo que
havia embarcado numa canoa furada, resolvi sair daquela situação.
Mudei de
idéia, chefe.
Vou ficar ali
na próxima esquina, em frente àquela agência bancária.
Paguei-lhe e
saí rápido.
Na calçada, respirei
fundo, fiquei observando com atenção os táxis que iam passando e fiz sinal para
um senhor que me pareceu mais simpático, embora o carro fosse mais velho.
Ao entrar, o
som de uma tranquila melodia já criava um clima completamente diferente.
Informei o
destino ao motorista, que sorriu para mim, ofereceu-me uma balinha de hortelã e
ficou cantarolando a melodia, não sem antes me perguntar se eu preferia que o
som fosse desligado.
"Esse engarrafamento
não lhe tira o bom humor?" – perguntei-lhe, só para conferir.
Que nada!
Pra que vou
me chatear com o trânsito?
Não sei se o
senhor está com pressa de chegar ao seu compromisso, mas eu já estou aqui no
meu trabalho!
Então vá com
toda calma, meu amigo.
Vá devagar
porque eu estou com pressa – respondi.
Ele deu uma
gargalhada e, no tempo certo, chegamos ao destino.
No mesmo tipo
de trabalho, na mesma situação (engarrafamento no trânsito), esses dois
profissionais mostram atitudes completamente diferentes.
Qual dos dois
trabalha melhor?
Qual deles é
mais feliz?
Quem deixa
mais satisfeito o cliente?
Quem tem
melhor qualidade de vida?
Não
precisamos nem pensar para responder.
Pare e Pense
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