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terça-feira, 23 de outubro de 2018

As Duas Borboletas

Este pequeno e  simples conto  tem como personagens duas lindas borboletas Monarca.     

O quente Verão nas Montanhas Rochosas, ao norte dos Estados Unidos, estava a chegar ao fim. 
Dentro de dias, viria o Outono com os seus ventos frescos. 
Os dias estavam já a encurtar e o Sol já não se mantinha tanto tempo no horizonte. 
Dezenas de milhar de crisálidas, penduradas nas folhas das árvores, aguardavam o final da sua metamorfose para se transformarem em lindas borboletas. 

Aquelas lagartas feias e de apetite voraz, tinham deixado de se alimentar e dormiam agora, imobilizadas e presas às folhas. 
De dia para dia, enquanto dormiam, o seu corpo estava a sofrer profundas alterações que iriam modificar completamente toda a sua configuração anterior. 

Já não eram lagartas com muitas pernas e pelos, eram uma espécie de casulos fusiformes com a parte anterior revestida por uma película dura. 
Eles iam diminuindo de tamanho à medida que os dias passavam. 
Nenhum movimento exterior se percebia neles, algo que denunciasse vida no seu interior. 

Mas, ao nascer do Sol de um certo dia, a imobilização dos casulos cessou. 
As películas duras dos casulos começaram a rachar e, de dentro deles, surgiram novas e estranhas criaturas de cabeças com olhos brilhantes e salientes, duas antenas plumosas, asas curtas e enroladas e patas curtas e dobradas. 
As modificações não se ficariam por aí. 

As asas começariam a desdobrar-se e a crescer de tamanho, a ganhar cores e movimento, as patas aumentariam de comprimento e os seus abdómenes alongar-se-iam.
Cada casulo daria origem a uma formosa borboleta monarca. 
As árvores estavam a cobrir-se de borboletas por toda a parte. 
O bater das asas das borboletas, que ensaiavam o seu primeiro voo parecia-se com o leve e agradável sussurro do vento no arvoredo.

As duas borboletas deste conto nasceram perto uma da outra, quase encostadas. 
Afortunadamente para elas, uma era fêmea e outra era macho. 
Mal despertaram do seu longo sono outonal, logo se conheceram e se começaram a namorar. 

Decidiram então as duas que, acontecesse o que acontecesse, não mais se separariam. 
O Inverno nas Montanhas Rochosas é uma estação extremamente fria e rigorosa e uma grande parte dos animais que ali vive tem de emigrar para se refugiar em regiões de clima mais ameno e quente onde consiga sobreviver. 

Por isso, elas tinham de se preparar para fazer uma longa viagem rumo ao Sul, até atingir a Califórnia e o México. 
Essas regiões mais quentes, acolhem todos os Invernos uma imensa variedade de animais que, se não se refugiassem nelas, pereceriam completamente.

As duas borboletas deste conto, precisavam agora de se preparar para voar perto de cinco mil quilómetros rumo ao Sul. 
Por todo o lado, as borboletas monarca batiam agora as suas asas preparando-se para a grande viagem e, sem que nenhuma ordem soasse, numa linda manhã, repleta de luz e de cor, as borboletas iniciaram ao mesmo tempo a sua longa viagem, elevando-se nos ares e formando grandes nuvens coloridas.

O casal de borboletas deste conto, iniciou assim, o seu grande voo e procuraram não se afastar uma da outra, para não se perderem. 
Se isso acontecesse, não mais  conseguiriam reencontrar-se.
As enormes nuvens de borboletas subiram para o céu, até entrar nas correntes de ar quente, que as iam transportar para os ventos de altitude. 
Seriam eles que as arrastariam para o Sul do Continente Americano. 

O nosso casal de borboletas, voando sempre perto uma da outra, olhava do alto para a terra que se distanciava delas. 
Mas, que lindo, era ver tudo de cima!
No segundo dia de voo, foi tudo ainda mais belo. 
No seu caminho cruzaram-se com grandes balões coloridos. 
A princípio temeram-nos, mas logo se aperceberam que eram inofensivos e que estavam ali para as acompanhar e estudar o seu voo migratório. 
Eram conduzidos e ocupados por homens, metidos dentro de cestos, que as observavam com curiosidade, usando binóculos e lunetas. 

As borboletas, que já se encontravam muito cansadas resolveram pousar num dos balões para viajar sem esforço.
Sete dias voaram as nossas bonitas borboletas sem poderem alimentar-se. 
Estavam ainda com muitas reservas de energia armazenada nos seus corpos quando começaram a sua descida para o lugar onde iriam, por fim, repousar e passar o Inverno. 
Elas já estavam cheias de saudades das árvores amigas e das flores que lhes podiam oferecer o seu néctar. 
Centenas de milhar de borboletas monarcas cobriram os céus da Califórnia e do México, descendo gradualmente sobre as florestas e sobre os campos verdes e floridos. 

Tinha terminado a sua longa viagem. 
Agora, teriam de esperar pela Primavera para se acasalarem e poderem depois regressar às encostas floridas das Montanhas Rochosas. 
Antes disso, precisavam de se fortalecer e preparar para a grande viagem de regresso ao Norte. Ordens genéticas gravadas dentro delas, iriam a seu tempo, obrigá-las a voar para o lugar onde tinham nascido, ao encontro da Primavera. 
Aí fariam, então, as suas posturas de ovos sobre as tenras folhas verdes das árvores e das plantas que entretanto se tinham preparado para as poder receber e alimentar. 

Uma nova geração de lagartas eclodiria, muito em breve, desses ovos, para perpetuar a presença permanente das lindas borboletas Monarca nos extensos e profundos vales das Montanhas Rochosas.
A Natureza opera com sabedoria sob a orientação de Deus e a vida renova-se e perpetua-se continuamente. 

Os homens devem respeitar escrupulosamente os ritmos da sua renovação para não interferir no equilíbrio natural das espécies. 
Sempre que o homem interfere desastradamente no sábio equilíbrio natural, ocorrem irremediáveis desastres ecológicos. 

Nota: No voo de regresso ao grande Norte as monarca iam aproveitar os ventos de altitude que nessa época do ano começam a soprar do Sul para o Norte. 
Conto de Afonso Soares Lopes

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